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PBH começa obras recomendadas pela Unesco no conjunto moderno da Pampulha

Já está em poder da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) um relatório enviado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) sobre as ações executadas, em 2017, no conjunto moderno da Pampulha, reconhecido há um ano e meio como patrimônio e paisagem cultural da humanidade. Entre elas, está a demolição de uma guarita em frente da Casa do Baile, atual Centro de Referência em Urbanismo, Arquitetura e Design de Belo Horizonte, na Avenida Otacílio Negrão de Lima. Segundo o diretor de Patrimônio Cultural da Fundação Municipal de Cultura (FMC), Yuri Mello Mesquita, a retirada da estrutura faz parte das recomendações da Unesco, pois impede, a quem passa na via pública, ter visão do monumento. A PBH também conduz um plano estratégico com uma série de ações para a Pampulha.

O serviço de demolição da guarita, custeado pela PBH e orçado em cerca de R$ 10 mil, começou na manhã de ontem e seguirá até sexta-feira – dessa forma, a Casa do Baile estará fechada aos visitantes. À tarde, era possível ver os homens com os marteletes destruindo o bloco de concreto armado. “A guarita não estava no projeto do arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012). Foi construída muito depois da edificação”, explica Yuri.

O espaço, localizado na extremidade da ponte que liga a avenida ao Centro de Referência em Urbanismo, Arquitetura e Design, funcionou durante muito tempo como bilheteria. “Trata-se de uma estrutura muito forte, daí não ser uma intervenção tão simples como parece”, disse Yuri, também diretor do Conjunto Moderno da Pampulha e do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte.

ESTRATÉGICO Além do relatório encaminhado à Unesco este mês, a PBH está fazendo o planejamento estratégico da Pampulha, região que abriga obras da década de 1940 projetadas por Oscar Niemeyer (Museu de Arte da Pampulha, antigo Cassino, Igreja de São Francisco de Assis, Casa do Baile e Iate Tênis Clube) ligados pelo espelho-d’água da Pampulha. Além de reconhecido pela Unesco, o conjunto arquitetônico é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha) e Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte.

No documento, fundamental para nortear as atividades nos próximos anos, estão os programas de educação patrimonial e de pertencimento da população em relação ao patrimônio; usos da orla e intervenções nos bens, conforme as recomendações da Unesco, que declarou a Pampulha como Patrimônio e Paisagem Cultural da Humanidade em 17 de julho de 2016, durante a 40ª sessão do Comitê do Patrimônio Mundial, em Istambul, na Turquia; e outras questões de preservação e utilização.

Entre as ações previstas no plano estratégico, estão a demolição de um anexo do Iate Tênis Clube, previsto para 2018 (ver o quadro); restauro do Museu de Arte da Pampulha (MAP), com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Igreja da Pampulha, com verba federal; demolição de um anexo do Iate Tênis clube, um dos pontos mais polêmicos da requalificação da Pampulha e pode, se não for executado, pôr em perigo o título sob chancela da Unesco; reforma da Praça Dino Barbieri, com reconstituição dos jardins projetados pelo paisagista Roberto Burle Marx (1909-1994).

Yuri acrescenta que, em 2017, foram executados serviços na estátua, portal e praça dedicados a Iemanjá, também na orla da Pampulha, que é um dos principais cartões-postais da capital e recebe visitantes do Brasil inteiro e de vários países.

Fonte: www.em.com.br

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