O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Pará lançous três cartilhas informativas sobre as temáticas Assédio, Sexo Biológico, Identidade de Gênero e Orientação Sexual, com o objetivo de conscientizar os arquitetos e urbanistas sobre sexualidade e gênero. A escolha pelo formato digital busca a ampla difusão do material entre os profissionais, permitindo o compartilhamento nas redes sociais e a impressão para divulgação nos seus respectivos escritórios.
Os documentos são uma ação inovadora do Conselho, reflexo das discussões sobre o 1º Diagnóstico Gênero na Arquitetura e Urbanismo publicado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil em 2020. O 1º diagnóstico ‘Gênero na Arquitetura e Urbanismo’, promovido pela Comissão Temporária para a Equidade de Gênero do CAU/BR (CTEG), aponta uma lacuna entre as condições das mulheres e dos homens na profissão, tanto no âmbito profissional como privado, que poderá ser monitorada anualmente como indicador de resultado da operacionalização da Política do Conselho para a Equidade de Gênero. No CAU/PA, a Comissão Temporária de Equidade de Gênero – CTEG deu continuidade nas ações ao desenvolver estas três cartilhas.
As Cartilhas
A Cartilha “Você sabe a diferença entre sexo biológico, identidade de gênero e orientação sexual?” aborda a diferença entre essas três categorias de gênero e sexualidade, buscando conscientizar os arquitetos e urbanistas sobre a diferença entre elas e evidenciando a importância de combatermos o preconceito. No documento é destacado que 16% dos profissionais de arquitetura e urbanismo, que responderam ao 1º Diagnóstico Gênero na Arquitetura e Urbanismo do CAU/BR, se declararam homossexuais.
A segunda cartilha desenvolvida pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Pará aborda “Os tipos de assédio que ocorrem frequentemente com as mulheres.” Ao especificar e definir estas práticas, buscou-se conscientizar as arquitetas e urbanistas sobre os abusos sofridos no dia a dia da profissão. A denúncia de ações como Mansplaining, Manterrupting, Bropriating e Gaslighting
acontece a priori com a identificação destes assédios pela vítima ou por pessoas que o tenham presenciado. O empodaramento feminino e a visibilidade de suas narrativas são elementos importantes para combater estas práticas e para inibir o agressor.
Clique aqui para baixar a Cartilha – Tipos de Assédio
O terceiro material produzido pelo Conselho traz uma reflexão sobre o reconhecimento dos tipos de Assédio, intitulado “Você sabe reconhecer os tipos de assédio?”. Na cartilha é estabelecida a diferença entre Assédio Moral, Assédio Virtual, Assédio Sexual e Violência Sexual. O 1º Diagnóstico Gênero na Arquitetura e Urbanismo evidenciou que 20% das arquitetas e urbanistas alegam ter sofrido assédio moral no ambiente de trabalho e 44% alegam ter sofrido discriminação de gênero nestes espaços.
Clique aqui para baixar a Cartilha – Você sabe reconhecer os tipos de assédio?
Diagnóstico sobre Gênero na Arquitetura e Urbanismo do Pará
O 1º Diagnóstico Gênero na Arquitetura e Urbanismo do CAU Brasil nos forneceu um panorâma nacional sobre a temática, porém com incipiente participação das arquitetas urbanistas paraenses. Por isso, o CAU/PA está apoiando a divulgação de iniciativas estudantis que visem delinear e explorar este cenário regional. Por exemplo, a estudante de arquitetura e urbanismo da UNAMA, Sophia Henriques, está desenvolvendo uma pesquisa sobre gênero na arquitetura e urbanismo a partir da perspectiva local. Você pode colaborar com este diagnóstico respondendo ao questionário abaixo desenvolvido pela discente:
Clique aqui para participar do Diagnóstico Gênero na Arquitetura e Urbanismo do Pará
