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O direito às cidades adaptadas na Amazônia Urbana: Presidente do CAU/PA participa sobre mesa acerca do enfrentamento das mudanças climáticas nas cidades amazônicas.

No dia 07 de Maio, em Belém do Pará, aconteceu o lançamento de Agenda Climática para a Amazônia Urbana I da ong Laboratório da Cidade. Evento que contou com a mesa temática “O direito às cidades adaptadas amazônicas” que contou a participação da Presidente do CAU/PA, Arq. Urb. Taynara Gomes, e da pesquisadora manauara, Arq. Urb. Luana Castro. 
 
“A adaptação não pode ser uma agenda a parte. Ela deve ser transversal à todas as frentes de planejamento e intervenção urbana daqui pra frente”, disse a Presidente ao ser perguntada sobre o que é o direito à adaptação climática. Taynara Gomes pontuou a urgência em reconhecer os diferentes modos de vida na região, indo na contra-mão da padronização de territórios e soluções do processo de urbanização tradicional. Ainda, destacou a a potencialidade que existe nas soluções comunitárias, as soluções tradicionais, que apresentam um repertório tecnológico mais adaptado ao regime climático da Amazônia do que soluções importadas ou constituíntes de um portifólio internacional.
 
A pesquisadora manauara, Arq. Urb. Luana Castro, por sua vez, iniciou sua fala ressaltando que existem muitas Amazônias e a importância de reconhecer a diversidade e especificidades desses territórios no planejamento de adaptação climática. “Todas as pessoas merecem e tem direito à uma vida digna, mesmo que passando por todos esses eventos climáticos extremos” – a fala da pesquisadora ressalta o norteador para o pensamento projetual urbano para o planejamento no contexto de crise climática.
Mesa direito às cidades adaptadas na Amazônia Urbana
Ao serem indagadas sobre os principais obstáculos para o enfrentamento climático, a pesquisadora manaura ressaltou que os indícies do Rio Negro já apontam para uma seca em 2024 similar ou mais grave que a seca de 2023, reconhecida como a seca histórica da Amazônia. Assim, é impossível seguir negando a urgência dos planos de adaptação climática e do investimento na preparação das cidades para o enfrentamento dos eventos climáticos extremos – que já estão sendo estudados e sinalizados por pesquisadores e institutos de pesquisa nacionais e globais. A presidente do CAU/PA trouxe para a pauta a diferente do tempo entre o planejamneto das gestões públicas, a resiliência da natureza e as urgências sociais que co-existem no espaço urbano.
Ao final, as Arquitetas apontaram a importância de reconhecer as Amzônias e o papel da participação social neste processo de adaptação. A Arq. Urb. Taynara Gomes pontuou a importância da educação no futuro, para que as próximas gerações compreendam as relações socioambientais de forma integradas e possam acessar novos repertórios para o contexto de mudança climática. Destacou também a incidência da mobilização de organizações sociais e movimentos urbanos de bairros no que diz respeito a um planejamento mais responsivo, adaptado e participativo das cidades. A Arq. Urb. Luana Castro apontou para a importância do debate climático em 2024, ano eleitoral, para que os candidatos e futuros gestores se comprometam com a Agenda climática.
A Agenda de adaptação climática para a Amazônia Urbana I está disponível no site do Laboratório da Cidade de forma gratuíta.

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