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Estudantes fazem reformas em casas de comunidade carente, em Belém

Movidos pelo sentimento de solidariedade, estudantes de arquitetura  fazem reformas em casas de pessoas carentes, no bairro do Jurunas, em Belém.  A iniciativa faz parte de um projeto entre alunos e professores, que fazem pequenas reformas e criam projetos arquitetônicos para beneficiar a comunidade de baixa renda.

O projeto “Mão na Massa” surgiu há quase um ano atrás, em janeiro de 2015. Os professores de uma faculdade particular da capital, entraram em contato com líderes comunitários para selecionar 10 casas de pessoas com baixa renda, do bairro do Jurunas, para receberem o benefício.

O professor Regivaldo Aguiar explica como é feita a seleção das casas. “A gente busca aquela família que é mais carente em termos de habitabilidade. Qual a que precisa mais de força imediata. Então a gente procura estabelecer não só fazer a questão do belo arquitetônico, mas dar condições de saúde, iluminação, ventilação, para aquela família não ficar doente dentro do seu ambiente do seu lar”, diz.

De acordo com uma das estudantes envolvidas no projeto, Gabriela Sandim, na primeira visita a casa que será beneficiada, a equipe faz um levantamento para elencar as prioridades.
“A gente mede a casa toda e depois monta um programa de necessidades. A gente conversa com o morador, pergunta o que ele quer, quem passa mais tempo na casa, quem usufrui cada espaço mais, para poder fazer com que a casa atenda as necessidades do morador”, explica

Para ser possível  transformar o lar dessas famílias,  o projeto conta com a ajuda de doações e realiza ações e eventos para juntar recursos.

“A gente precisa de algum dinheiro, esse dinheiro precisa ser capitado de diversas formas, entre elas, nós professores realizarmos oficinas junto com os alunos para usar para obter algum recurso. Fazendo festa também, o ingresso é revertido para a gente acumular mais um dinheiro”, explica o professor Nelson Carvalho.

Segundo o professor José Raiol , o  projeto toca o lado profissional e humano dos alunos ao mesmo tempo. “Os alunos aprendem não só a  técnica de pintar mas a composição de cores, como é feita a parte de arte, a parte técnica…E isso é uma coisa assim que quem mais ganha às vezes não é o beneficiado, é os próprios alunos que aprendem uma formação com solidariedade humana. E vê que o conhecimento dele faz com que ele seja um cidadão do  futuro”, comenta.

O autônomo Antônio Gaia, mora com a esposa e três filhos em uma casa. Ele foi um dos selecionados e vai receber a reforma no banheiro e na fachada da residência. “Eles com certeza irão deixar qualquer tipo de área da minha residência com boa qualidade profissional”, diz.

A dona de casa, Lindalva dos Santos, mora há 30 anos com a mãe e mais três irmãs. Ela foi a primeira a receber o benefício. Na casa da família, toda a fachada foi reconstruída.
“Antes ela não era bonita não, estava só no reboco. Mas agora ela está muito linda, depois da pintura, ficou muito linda mesmo”, diz dona Lindalva.

Para a estudante Maiara Marçal, a sensação de entregar a reforma é gratificante. “A gente imagina como a casa vai ficar, a gente coloca no papel, nos programas e quando a gente vê ela pronta, é uma realização. Quer dizer que o trabalho todo que a gente teve deu certo, funcionou, e vê que a dona da casa gostou é uma sensação melhor ainda” comenta a estudante.

Fonte: G1 Pará

http://g1.globo.com/pa/para/noticia/2016/01/estudantes-fazem-reformas-em-casas-de-comunidade-carente-em-belem.html

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