“Raio que o parta” (RPQ), em arquitetura, é um termo associado à manifestação estética concebida por engenheiros, mestres-de-obras e moradores que recriaram o modernismo nas residências de classe média e popular no Pará, diferenciando-se das demais assimilações do moderno no Brasil pelo emprego de mosaicos com desenhos de setas e raios, executados com cacos de azulejos nas platibandas.
Laura Caroline de Carvalho da Costa e Cybelle Salvador Miranda (2022)
O movimento arquitetônico popular associado ao termo “Raio que o Parta”, remete às manifestações das camadas populares em adornar suas residências sob a infuência do modernismo. Um movimento característico do modernismo paraense, os Raios estão espalhados por diversas cidades do estado (e até mesmo fora), sendo reconhecidos pelas composições geométricas diferenciadas e as divertidas cores compostas pelos cacos de azulejos.
Infelizmente esse movimento não possui políticas de preservação que assegurem sua memória e salvaguarda e, atualmente, os raios já estão deixando de existir e sendo retirados das faixadas por novos moradores que possivelmente desconhecem a importância deste movimento.
É sob a urgência em proteger e preservar a memória desse movimento tão nosso, que incorporamos as múltiplas replicações e aplicações dos raios na nossa identidade. Valorizando a arquitetura popular e aproximando o Conselho de tantas histórias e vivências.
Confira aqui a nova Identidade Visual do CAU/PA
Convidamos a Rede Raio que o Parta, fundada pelas amigas Gabrielle Arnour, Elis Almeida e Elisa Malcher ainda na graduação de Arquitetura e Urbanismo em 2020, para falar mais sobre a história dos Raios e a importância de preservá-los: